24 de abr. de 2009

Alfabetização de crianças deficientes visuais

O processo de alfabetização de uma criança cega apresenta grandes desvantagens em relação à alfabetização de crianças videntes, que estão cotidianamente em contato com um ambiente alfabetizador: repleto de imagens, letras, símbolos, números, etc., enquanto que a criança cega entra em contato com este ambiente apenas quando entra na escola e como é desprovida da visão, precisa que esses elementos estejam em relevo para despertar sua curiosidade tátil, decodificando o mundo pelo tato.
Ao contrário do processo de alfabetização em língua portuguesa, a escrita em braile é realizada num processo inverso, da direita para a esquerda, evitando o que o autor chama de espelhamento no papel. Já o processo de leitura, acontece da mesma forma que no português.
A leitura em Braille é realizada a partir da decodificação da combinação de pontos que resulta na configuração de letras de maneira fragmentada e seqüencial, necessitando de reconhecer as características do código. Desse modo, o estágio inicial do desenvolvimento envolve especificamente a percepção tátil
Além disso, o processo de alfabetização em Braille envolve situações básicas como identificar a posição dos pontos, identificar a posição do sinal gerador de acordo com conceitos espaciais (em cima, embaixo, direita, meio, etc.) e a criança também precisa ter desenvolvido essas noções e outras noções como coordenação motora, sensibilidade e discriminação tátil, etc. Assim, com o auxílio da professora e em conjunto com os colegas e muito treino explorando o tato e a sensibilidade do deficiente visual, o processo de alfabetização em Braille na sala de aula regular se efetivará.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. Atendimento Educacional Especializado. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1999.

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