25 de ago. de 2009

O imaginário da inclusão na Literatura Infanto- juvenil

Adaptação da Fábula O patinho Feio
Apresentação da peça “As aventuras do patinho feio em: Somos todos iguais”.APRESENTAÇÃO:
Criança: Bom dia! A Escola Municipal Profª. Terezinha Garcia Pereira tem a honra de apresentar a VI amostra cultural, e nós, alunos do pré II,iremos apresentar a peça teatral “As aventuras do patinho feio em: somos todos iguais”que tem como tema: A inclusão Social, na qual mostraremos que diferença não é pobreza, diferença é riqueza.
(música de fundo)...
Narrador:
Era uma vez uma jovem pata que, orgulhosa, chocava sua primeira ninhada.Passado algum tempo, os ovos começaram a se quebrar.De todos nasceram lindos patinhos. Porém, restava apenas um ovo, e a mamãe continuou a chocá- lo com muito carinho. Quando este finalmente se partiu, saiu dele um patinho cinzento, feio e desengonçado. A mamãe pata achou estranho mas amou-o da mesma forma que seus irmãos.No dia seguinte, Dona pata chamou:
Dona pata:---- Venham, vamos passear pela fazenda.
Narrador: E lá seguiu ela toda orgulhosa.
Narrador: Passaram por Totó, o cachorro da fazenda, que foi logo dizendo:
Cachorro: --- Que lindos patinhos, pena que este último seja tão desengonçado.
Narrador: Todos os animais da fazenda zombavam do patinho, e o apelidaram de patinho feio. A mamãe pata achou que poderia ter algo errado com o patinho e resolveu levá-los para nadarem no lago. O patinho feio nadou tão bem quanto seus irmãos, e a mamãe pata ficou aliviada.
Dona pata: Ele é diferente, mas é meu filho e também o amo.
Narrador: Quanto mais o tempo passava, mas diferente o patinho ficava. Os animais da fazenda o maltratavam.Os seus irmãos o evitavam nas brincadeiras.
Irmãos: Não queremos brincar com você, você é diferente de nós.
Patinho: Ninguém gosta de mim, o que tenho de errado?
Narrador: Muito magoado com toda essa situação o patinho resolveu fugir. Foi caminhando sem rumo pela floresta, e encontrou alguns patos selvagens, mas eles também zombaram dele:
Patos selvagens: Olhem, lá gente, que patinho feio!
Narrador: Muito triste, percebeu que ali também não podia morar, e seguiu o caminho. Para piorar, começou o inverno. (soltar algodão pinicado para simbolizar em um monte de lenha no quintal.
Patinho: Oba! Finalmente achei um lugar para ficar.
Narrador: No dia seguinte,foi encontrado pela dona da casa:
Dona da casa: Pobrezinho, você deve estar com muito frio. Venha comigo, irei aquecê-lo.Ela o levou para dentro de casa, e o patinho achou que havia encontrado um lar. Infelizmente o gato de estimação daquela casa era muito malvado e logo tratou de mandar o patinho embora.
Gato: Vá embora, aqui não tem lugar para você.
Patinho: Porque não posso ficar? Poderei ser seu amigo.
Gato: Não quero um amigo feio igual a você. Aqui só tem lugar para mim.
Narrador: Ele continuou sue caminho. A primavera chegou, (soltar folhas secas) o patinho resolveu procurar um lago para nadar. Encontrou um que estava cheio de lindos cisnes, e pensou:
Patinho: Como gostaria de ser lindo assim!
Cisnes: Venha nadar conosco, amigo!
Narrador: Convidou um dos cisnes. Nisso, o patinho entrou na água e viu o seu reflexo espelhado nela.
Patinho: Noooossa! Este sou eu mesmo?
Narrador: O patinho, que antes era tão feio, havia se transformado em um lindo cisne. E de agora em diante,teria uma família e amigos de verdade.
Patinho: Ah, como é bom saber que não estou sozinho, sou uma parte de uma imensa vida!
FINAL:
(todos os personagens se abraçam formando um círculo).
Moral da história (criança falando):
“Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza;
temos o direito a sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza”.


6 de ago. de 2009

Inclusão:pontos e contrapontos

O objetivo de educação inclusiva, uma conquista da educação brasileira, é garantir o direito de todos a à educação, o acesso e também as condições de permanência e continuidade do estudo, preferencialmente no ensino regular.
O acesso dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular atualmente é uma constante em nosso país. No entanto, os nossos gestores e governantes precisam conscientizar- se que inclusão não significa simplesmente a inserção física desse aluno especial em uma sala de aula do ensino regular. Além de garantir a entrada, precisamos oferecer subsídios para a permanência e o desenvolvimento integral do mesmo.
Desse modo, é necessário que os sistemas de ensino se articulem e estabeleçam parcerias com outras instituições e/ou órgãos e promovam mudanças significativas tanto nos suas propostas pedagógicas, currículo, organização escolar, etc., como nas suas estruturas arquitetônicas, com o objetivo de remover as barreiras que se interpõe nos processos educativos desses alunos.Além disso, para poderem responder à diversidade dos alunos, a escola necessita dispor de recursos,humanos e materiais, para atender integralmente esta clientela.
Diante dessa realidade, a realidade educacional da maioria das escolas públicas é bastante precária, fazendo-se imprescindível e de grande relevância efetuar investimentos e o estabelecimento de parcerias, para que as mesmas possam adquirir recursos elaborar projetos que busquem adapta- las para a inclusão.
Em se tratando de acessibilidade arquitetônica (banheiros adaptados, rampas, o tipo de piso, as cores, etc.);mobiliários; equipamentos;comunicação e informação ainda tem muito o que galgar para adquirir uma infra- estrutura que promova a estadia e a locomoção de todos com segurança e autonomia.
Diante dessa perspectiva, a implementação de um serviço de TA é indispensável nas escolas , à medida que proporcionará ao aluno com deficiência atendimento educacional especializado, objetivando oferecer recursos e estratégias que facilite sua inserção social e conseqüentemente seu acesso aos conhecimentos escolares, desenvolvendo seu potencial, sua aprendizagem e sua autonomia. Assim, é indispensável que nós, professoras especialistas, busquemos parcerias com outras áreas e desenvolva projetos que objetivem atingir de acessibilidade, tanto arquitetônica, como aos atendimentos de saúde, ações de assistência social, de acesso aos espaços, recursos pedagógicos, à aprendizagem, etc, sempre valorizando as diferenças, para que todos tenham possibilidades de sucesso, tanto na escola como na vida prática.
Além disso, indispensável que estejamos sempre em busca de formação continuada com o intuito de aperfeiçoarmos nossa prática pedagógica.“Fazer educação Inclusiva não consiste em fazer que as pessoas se tornem iguais, mas em levar cada indivíduo a preservar su.”as particularidades, aprender a conviver com suas potencialidades, mas também com suas fraquezas e limites , numa consciência de que não são infalíveis

Deficiência mental: limites e possibilidades

Existem inúmeras concepções errôneas a respeito da deficiência visual. De acordo com as concepções difundidas na sociedade, os cegos são pessoas que possuem outros sentidos mais desenvolvidos como o tato, o ouvido e a memória que os utilizam para compensar a falta de visão ou ainda que as pessoas cegas são dotadas de talentos e dons especiais.Algumas dessas concepções se constituem em mitos difundidos na sociedade. As idéias e os conceitos disseminadas contribuem satisfatoriamente para desfazer os equívocos a respeito da condição de cegueira. A audição e o tato são os principais canais de informação do deficiente visual. Entretanto, por ele estar desprovido de imagens visuais, ao ouvir sua denominação ou descrição dos objetos. O mesmo formará uma idéia vaga com relação a esse objeto, pois irá assimilar as características por partes para poder formar o todo, construindo um conceito fragmentado e desconexo.Assim é através das fontes sonoras, estímulos táteis e contato físico que o cego constrói seu conhecimento de mundo.
Desse modo, as restrições visuais não são suficientes para definir os limites e as possibilidades do deficiente visual, sendo necessário inúmeros fatores para revelar a capacidade de uma pessoa. Desse modo, com um trabalho pedagógico eficiente, que compense as limitações desse indivíduo e contemple suas especificidades, desenvolvendo a consciência corporal, possibilitando ao mesmo o acesso a recursos não- visuais, à vivência de experiências concretas através de atividades sensoriais, proporcionarão ao mesmo o desenvolvimento da função simbólica e do pensamento abstrato e, conseqüentemente a construção ativa do conhecimento.Isso contribuirá para mudarmos essas concepções equivocadas a respeito desses indivíduos e concluirmos que a deficiência não é impedimento para o aprendizado e para o desenvolvimento de cidadãos íntegros e capazes.

Inclusão: Uma possibilidade de (re)pensar as práticas pedagógicas

A inclusão foi, sem dúvida alguma uma das maiores conquistas da educação mundial. No entanto,para que a educação realmente aconteça, é necessário uma mudança radical em termos de consciência e de estrutura e práticas pedagógicas com o intuito de almejar um ambiente de convivência respeitosa, enriquecedora, acolhedora e livre de qualquer discriminação. Em se tratando de inclusão de deficientes físicos na sala de aula do ensino regular, faz- se necessário à princípio, a remoção de barreiras arquitetônicas, de comunicação e de locomoção que impedem o acesso desse aluno ao ambiente externo e também ao currículo escolar e à produção do conhecimento. Diante dessa realidade, torna-se mister que as instituições escolares promovam reformas na estrutura física,construam rampas, banheiros adaptados para locomoção de cadeiras de rodas, corrimãos etc. Desse modo, o aluno deficiente físico terá condições para o acesso e locomoção no interior da escola.
Para que esses direitos sejam assegurados aos deficientes precisamos estarmos atentos às leis que fundamentam esses direitos como: a Constituição Federal de 1988, art. 206, Inc.I e 208, Inc. III que ressaltam que o atendimento educacional será realizado preferencialmente na rede regular de ensino, na Convenção de Guatemala,UNESCO- 2004( art. 1º , nº 2,”a”),que defende a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência,punindo qualquer forma de discriminação,diferenciação ou exclusão. Além dessas leis, podemos nos pautar na Declaração Mundial de Educação para Todos ( 1990);Declaração de Salamanca ( UNESCO 1994), NA Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência ( ONU 2006); que defendem os direitos e a inclusão de pessoas com deficiências em bases iguais com as demais pessoas, dando acesso e oportunidades a todos igualmente. Com base nesses pressupostos, a Resolução CNE/CEB nº. 02/2001 ( MEC/SEESP, 2004), declara:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos cabendo as escolas se organizarem para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando às condições necessárias para uma educação de qualidade para todos ( MEC/SEESP, 2008,pg. 17).

Nesses propósitos, cabe às escolas abraçarem a inclusão, abrindo as portas para todos e adequando-se e flexibilizando o seu currículo, com o intuito de oferecer uma educação de qualidade a todos, considerando as especificidades de cada um. Qualquer infração a esses direitos configuram-se em crimes previstos nas leis nº 7. 853/98, 10.048 e 10. 098/00. Caso isso aconteça, os interessados deverão encaminhar o caso ao Ministério Público Local, que tomará as providências cabíveis.
BRASIL,Ministério da Educação.Secretaria de Educação Especial.Atendimento Educacional Especializado.Aspectos Legais e Orientações Pedagógicas.São Paulo:MEC/SEESP,2008.